E ai pessoal! Bem-vindos a mais um #SessãoPipoca. A coluna a partir de hoje vai passar por algumas várias mudanças. Antes eu assistia um lançamento e comentava sobre o roteiro, direção de fotografia, direção de arte… Mas enfim, não acho que nenhum de vocês procure um filme porque ele tem uma fotografia boa, porque o cenário é bonito ou porque a trilha sonora é bem feita.
Então a primeira mudança vai ser essa: ao invés de falar sobre um só, vou falar sobre os vários que assisti durante a semana de forma mais sucinta e menos entediante técnica. Essa semana eu estabeleci uma meta de dois por dia (segunda – sexta) e então aqui temos os dez filmes que fizeram parte da minha semana (na ordem que assisti).
O post ficou um pouquinho grande, eu sei… Lembrando que não sou nenhum crítico e só estou passando a impressão que tive de cada filme. ;)
PS: cliquem na imagem para assistir o trailer no youtube.
#1 – eCupid: Amor em Download
“eCupid” é um programa de computador que, como a TekPix ou Bom-Bril, tem várias utilidades. É quando Marshall e sua vida “frustrada” decidem usar o aplicativo para mudar de rumo e tentar coisas novas as coisas complicam. Mas falemos mais sobre Marshall: publicitário numa carreira estagnada, gay, num relacionamento de 7 anos sem diálogos ou sexo com Gabriel. Ao ver a propaganda do eCupid se anima e aceita sem ler os termos de contrato (afinal, quem lê?) e aí o programa invade seu computador e celular, mandando e cancelando mensagens por conta própria, bloqueando e fazendo ligações, marcando compromissos e perguntando coisas como “O que você aprendeu?” A vida de Marshall vira um caos completo que o leva à separação e, ao perceber que nada do que esperava era o que imaginava (porque a grama do vizinho é sempre mais verde), à correr atrás de Gabriel para reatar o namoro e salvar sua profissão.
Minha opinião (se querem saber) é: decepcionante. Era pra ser uma comédia… Era pra ser. As cenas de humor são bem sem graça e o tal do programa é muito “oi, meu nome é Deus”. Ele faz tudo – de verdade, T-U-D-O – para estragar o relacionamento dos dois, e daí surge umas pessoas do nada dando lição e falando sobre as coisas e… Enfim. Não recomendo a não ser que você tenha que se vingar de alguém e não saiba como: eCupid é um bom começo.
#2 – A Casa (Muda ¬¬)
Laura é uma garota (que eu achei que tinha uns 17 anos, mas deve ter mais de 20) que vai ajudar seu pai a carpir um terreno de uma casa antiga e abandonada. O dono os deixa com a chave e alguns lampiões (?) e ambos vão dormir… Quer dizer, o pai dela dorme, mas Laura escuta barulhos no andar de cima e não consegue parar quieta. O pai, após ser acordado pela segunda vez, vai checar e puff: vira presunto e de alguma forma vai parar lá embaixo; e pra completar: deixa a chave da casa cair no andar de cima. Agora Laura está presa na casa com sabe-se-lá-o-que, porque sua única saída é destrancar a porta da frente e correr livre leve solta (não, arrombar jamais será uma solução). E então o que ela faz? O que toda pessoa sequestrada por um psicopata deveria fazer: vai atrás da chave no escuro, procurando em cada cantinho abaixada no chão sem nem olhar pra trás e com isso acaba descobrindo a verdade por trás da casa.
Minha opinião: o filme cria uma atmosfera MUITO LEGAL de filme de terror. Quem já jogou Fatal Frame sabe o que esperar de “A Casa”. Um lugar escuro com a câmera (sem cortes de filme) sempre acompanhando ela por onde anda pela casa e fora dela de uma maneira bem “videogame” de ser. Só não criem graaaaandes expectativas pra história, pois ela é bem básica 80% do tempo e no final apresenta algumas informações que não são explicadas e deixam o filme confuso. Recomendo pra quem gosta de terror. Só.
PS: não sei por que não traduziram o nome do filme para “A Casa Muda” ao invés de só “A Casa”. Eu e tradutores de nomes de filmes: ódio eterno.
#3 – Final de Semana
É possível se apaixonar depois de apenas uma noite? Bem, é mais ou menos isso o enredo do filme. Russel e Glen se conhecem numa boate e, contando todas as passagens do filme, passam um final de semana completo juntos. Apesar de terem opiniões bem diferentes (bem diferentes mesmo) eles acabam se apaixonando. O problema é que Glen está indo para os E.U.A. passar dois anos estudando logo que o final de semana acabar. Com relação ao filme: a história básica dele é bem clichê. O que eu gostei de verdade foram os diálogos que, além de serem bem realistas, em certos pontos discutem coisas que eu nunca tinha pensado antes. “As pessoas se casam por que se amam ou por que a sociedade induz elas a isso?” Parece uma pergunta ridícula, mas se você parar para pensar… Até que faz um pouco de sentido, não? Para quem não está acostumado a assistir filmes com temática gay, pensem duas vezes antes de assistir. É um filme que tem certo apelo sexual (não confunda com pornografia!) e pode… ahm… chocar um pouco quem não está preparado. Enfim… É um filme que eu recomendo não pelo enredo, mas pelos personagens e diálogos. É como um comentário que eu li no Filmow: “Os personagens são crus. É como se você fosse sair na rua e cruzar com eles em algum momento.”
#4 – W./E. – O Romance do Século
Eu tenho uma pergunta antes de começar a falar sobre o filme: POR QUE A MADONNA DECIDIU ESCREVER E DIRIGIR PARA CINEMA??? Quem souber me responda. Agradecido. :)
W.E. conta a história de Wally e Edward VIII e de como a duas vezes divorciada conquistou o coração real do sucessor ao trono, se tornando praticamente odiada pela família dele. É sim uma história de amor bonita: o rei que abdicou o trono pela mulher que amava. O problema é que a combinação de um filme de duas horas com tédio absoluto só resultou na minha soneca da tarde. Em paralelo com a história de 1936 colocaram uma outra Wally, casada com um psiquiatra bem-sucedido, mas cujo casamento vai por água abaixo. O que eu entendi foi que a Madonna e o Alek (roteiristas) tentaram fazer como um “…e a história se repete“. Não funcionou pra mim. Na verdade o que eu achei é que é um filme sem nenhum diferencial. Ele não tem imagens bonitas como “Kaboom” (que ainda vou falar), nem diálogos bons como “Fim de Semana”; não é engraçado como “Você Deveria Conhecer Meu Filho” (também ainda vou falar aqui)… É uma história bonita, sem dúvidas, mas acho que poderia ser melhor trabalhado. Madonna: como roteirista você é uma ótima cantora, e como diretora uma ótima dançarina.
#5 – Verdade ou Desafio
STATUS: ainda caçando um filme de terror de verdade.
Pensem num filme com garotas bonitas em vestidos curtos, jovens idiotas que se drogam a cada 5 minutos e um assassino psicopata buscando vingança. É o meu resumo, mas vamos à sinopse: Depois de ser humilhado num jogo de verdade ou desafio, Jonesy tenta se enforcar numa cabana da sua família podre de rica. Em seu aniversário, os “amigos” são chamados para uma festa imaginária onde seu irmão mais velho (que voltou do Afeganistão, onde servia no exército) os recepciona. O psicopata decide então se vingar pelo enforcamento do irmão e descobrir quem foi, de certa forma, “o causador” daquilo, bancando o Jigsaw jogando uma versão mortal de verdade ou desafio com os jovens. Minha opinião: eu não sei quem eu odiei mais, se foi o assassino ou as vítimas. É bem sem graça e apelativo. Pela sinopse que eu li parecia bem legal, mas não sei por que ainda não entendi que filmes de terror atualmente são uma raridade. A história é bem absurda e o antagonista bem maluco (assim como alguns dos jovens “protagonistas”). Eu particularmente acho filmes que deixam algo a pensar depois muito interessantes, mas Verdade ou Desafio sentiu a necessidade de explicar cada ínfimo detalhe no último segundo, quando eu já estava desejando a morte pra todo mundo e não queria mais saber do que tinha acontecido.
#6 – Você Deveria Conhecer Meu Filho! (“You Should Meet My Son!”, o filme não tem título oficial em português)
Mae (não, eu não esqueci o acento pois esse é o nome dela) é a típica mãe que quer ver seu filho bem casado e ter netos correndo pela casa. O seu problema começa quando ela descobre que seu filho é gay (sim, mais um filme com temática gay, mas prometo que é o último). Seus planos para o futuro vão por água abaixo e seus típicos jantares para lhe apresentar garotas acabam por aí. Mas afinal, ela ama seu filho como ele é e o deseja feliz com alguém (já que ele terminou seu namoro) e passa então a tentar arranjar um namoradO para ele, seja via internet, seja numa boate LGBT. Minha opinião: h-i-l-á-r-i-o! Eu ria de cada cena com a Mae e a Rose e da forma como elas reagiam ao conhecer desse “novo mundo” a qual nunca sequer cogitaram olhar. As situações que elas se envolvem e as pessoas que elas conhecem são muito engraçadas e o final é divertidíssimo com uma boa lição de amor materno. Não é um filme revolucionário ou qualquer coisa do tipo, mas vale a pena conferir. Não tem nenhum apelo sexual (a cena mais “pervertida” é essa do encarte quando elas encontram o Mr. Stripper), mas ainda lida bem com os clichês do mundo gay, sem variar muito.
#7 – Kaboom
Pensem num filme nonsense. Kaboom conta a história de um jovem que tem alguns sonhos bizarros com pessoas que ele nunca conheceu. Seu objetivo é descobrir o que aconteceu com a garota ruiva com quem sonhou, depois teve uma alucinação com ela e homens com máscaras de animais e agora ela está misteriosamente desaparecida. Entenderam? É, eu também não muito. Conforme as coisas vão acontecendo, ele descobre e se envolve com uma conspiração e pessoas absurdamente malucas. Não vou contar muito mais para não estragar a história. Minha opinião: eu adorei. Apesar de só ter lido críticas negativas o filme me agradou. Minha impressão é que ele não tenta ter nexo, mesmo porque no começo ele (dentre tantos filmes que poderia fazer referência) mostra cenas de “Um Cão Andaluz”, filme surrealista de Buñuel. Os personagens são tão estranhos (um exemplo: uma amiga que seduz uma bruxa amorosamente apegada) e falam coisas tão malucas que eu depois de um tempo estava aceitando o que viesse. Eu achei, em primeiro momento, que era um filme com uma pegada séria, mas quando acabou (e eu ri muito quando acabou!) eu percebi que não tinha nexo nenhum as coisas pelas quais eles passaram e pensando em tudo que tinha assistido eu ri e ri e ri. Não é um filme pra quem espera uma história bem contada e de final típico, muito menos pra quem espera entender tudo. Talvez vocês mais tarde sintam uma pontada de ódio de mim por isso, mas eu recomendo. :’D
#8 – Dirty Girl
Dirty Girl conta a vida de Danielle, uma filha de mãe solteira (que quer se casar com um velho muito chato) que é uma “dirty girl” (vadia) numa Oklahoma dos anos 80 (e pra quem conhece um pouco da história dos EUA sabe que Oklahoma e os outros estados sulistas são bem preconceituosos até hoje). Seu desempenho na escola e familiar são tão ruins que o diretor a decide enviar para um grupo que eles chamam de “challengers” mas é mais conhecido como “retards”; seria um grupo de alunos com condições especiais, como uma garota grávida, um punk, ela, um gay, etc. Enfim… Por um acaso, um dia estava em casa com seu colega de projeto e descobre num anuário de sua mãe quem é seu pai biológico e então (após o colega ter uma briga feia em casa) fogem para encontrar o homem e ela se apresentar como a filha que ele abandonou. Confuso? É, eu sei. Não consigo explicar melhor do que isso sem deixar essa sinopse GIGANTE. Mas vamos lá: é um filme bem gostosinho, bem típico dos que passariam na Rede Globo, ou sei lá. E história base é essa que contei, dela procurando o pai, mas várias coisas acontecem na estrada e o final não é bem o que se espera de um filme… Não totalmente pelo menos. Apesar de ser bem (como diria minha mãe) água-com-açúcar é um filme assistível pra quem gosta do estilo. Recomendo.
#9 – Anônimo
Bem, Anônimo é um filme que levanta uma teoria bem interessante. Shakespeare foi sem dúvida o escritor mais influente de sua geração (seria exagero dizer “do mundo”?), contudo não deixou nenhuma peça escrita de próprio punho, então quem nos garante que ele não era mesmo uma fraude? O filme conta uma história de disputa de tronos e traição, lealdade e de como apenas a palavra pode conquistar público e os incitar à certas coisas. É bem interessante a proposta, contudo se você for meio desatento(a) o filme pode ser bem confuso, pois se passa em quatro linhas de tempo diferentes (atualmente, numa peça chamada “ANÔNIMO”; num ano X; cinco anos antes de X; e, por fim, quarenta anos antes de cinco anos antes de X) que vão se alternando sem aviso e cabe a você determinar qual é qual (o que não é muito difícil se você só reparar que a rainha Elizabeth passará de uma velha decrepita e sonhadora para uma moçoila bonita e bipolar). Também para os apressados de plantão: cuidado pois o filme tem duas horas e dez e você pode acabar entediado. No geral é muito interessante e bem bolado. Eu estava curioso desde que vi o banner no cinema do shopping Center3 e não me decepcionei ao assistir. Eu adoro filmes históricos e com essas coisas de conspirações e tal e Anônimo é um bom exemplo de filme assim.
#10 – A Delicadeza do Amor
A Delicadeza do Amor é um filme francês sobre uma mulher que amava muito seu marido, mas acaba o perdendo num acidente. Por ser muito bonita e inteligente ela é quase sempre cantada (ou quase assediada) pelo chefe (que tem uma estúpida crise possessiva e de ciúmes por ela). Contudo nunca se abriu para nenhum amor além do falecido marido. Três anos depois, num ataque sem explicações, ela beija um funcionário muito feio, o que acaba gerando uma série de acontecimentos que vão mudar sua vida. Minha opinião: o filme é legal e tem uma ideia muito boa de mostrar que o amor realmente acontece onde e quando menos se espera, não importando os empecilhos que são colocados entre os amados. Geralmente costumamos ver um casal de modelos fazendo filmes românticos então quando assisti La Délicatesse tive um certo estranhamento (que seria uma outra palavra para “nojo”… não me julguem!!) ao ver a Audrey Tautou beijando o François Damiens; é um casal que não combina em nada e acho que por isso a ideia de “o amor acontece” é bem reforçada. O filme é bem bonitinho no geral e em algumas partes eu ri com as atitudes infantis do Markus. Confesso que eu fiquei meio entediado e comecei a fuçar facebook e twitter e etc. quando cheguei mais pro final, mas enfim… Eu recomendo pra quem gosta do estilo.
E é isso meu povo. O post ficou meio gigante, mas a próxima #SessãoPipoca assim agora só no final de Agosto. Queria que vocês mandassem sugestões de filmes que ouviram ou têm curiosidade (pode até ser pra zuar com a minha cara, manda como sugestão aquele filme mais idiota do mundo que você assistiu com a sua avó num domingo chuvoso) que eu assisto e coloco a mini-resenha aqui. :D
Vou assistir Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge esse sábado (meio atrasado, eu sei) e faço um #SessãoPipoca especial pro Christopher Nolan. ;D Espero que vocês tenham gostado! Deixem seus comentários (por mais sem sentido que sejam) que eu responderei a todos. Se não gostaram desse estilo de post, comentem também, assim posso voltar só pro estilo antigo. Enfim…
Abraços e até a próxima!
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